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Realidade virtual: o que é e como trabalhar essa tecnologia na educação?

aluna de medicina vista de lado com óculos de realidade virtual

Se você acha que realidade virtual é um assunto novo, pasme:

A ideia de criar um ambiente virtual que proporcionasse experiências imersivas surgiu na segunda metade do século XX!

Em 1968, um pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Ivan Sutherland, foi a primeira pessoa a colocar essas ideias em prática ao criar um dispositivo de realidade virtual chamado “The Sword of Damocles” (em português, A Espada de Dâmocles).

Ivan Sutherland com o primeiro óculos de realidade virtual criado
O primeiro Head Mounted Display VR de Ivan Sutherland, The Sword of Damocles

Apesar de ser algo quase primitivo se comparado com as tecnologias atuais, o dispositivo de Sutherland foi essencial para estabelecer os princípios básicos da realidade virtual, como a imersão e a interatividade com objetos virtuais em tempo real.

Esses fundamentos pavimentaram o caminho para as tecnologias de VR (Virtual Reality) atuais, que permitem que o usuário mergulhe num ambiente 3D virtual e tenha interações como se estivesse presente fisicamente.

E apesar da realidade virtual ter sido desenvolvida inicialmente para a indústria de jogos, ela tem contribuído significativamente no âmbito acadêmico, atuando como uma ferramenta facilitadora e trazendo muitos outros benefícios, que serão apresentados a seguir.

Qual a diferença entre realidade virtual e realidade aumentada?

Apesar de partirem dos mesmos princípios e possuírem tecnologias similares, a realidade virtual e a aumentada têm funcionamentos e propósitos diferentes.

É fácil confundi-las, levando em conta que ambas são tecnologias imersivas que possibilitam uma experiência interativa em tempo real, mas as semelhanças param por aí:

Enquanto a realidade virtual é um ambiente tridimensional criado artificialmente, a realidade aumentada é a sobreposição de elementos virtuais ao mundo real.

homem com óculos de realidade virtual em um ambiente lilás
Imagem: Freepik – Realidade Virtual
homem com óculos de realidade aumentada interagindo com imagens em um ambiente lilás
Imagem: Freepik – Realidade Aumentada

Por meio de dispositivos específicos, como headsets de VR e controles, é possível interagir com a realidade virtual sem que haja qualquer elemento do mundo real em seu campo de visão. 

A interação com a realidade aumentada, por outro lado, acontece essencialmente por intermédio das câmeras de smartphones e tablets, que capturam o ambiente real, ao qual elementos virtuais são sobrepostos instantaneamente. 

 

Por que o ensino está se aproximando da realidade virtual? 

Basicamente, porque essa tecnologia permite simular situações complexas ou desafiadoras da vida real, dentro de ambientes seguros e controlados. 

Para estudantes de medicina, por exemplo, é possível usar a RV para praticar sutura e intubação sem colocar outras pessoas em risco.

Além disso, outro motivo pelo qual as salas de aula se aproximam cada vez mais da RV é a sua alta capacidade de imersão (e, consequentemente, de retenção de conhecimento).

Estudantes que têm dificuldade em entender anatomia somente por livros ou imagens 2D, por exemplo, são beneficiados quando entram em contato com este tipo de tecnologia, que permite visualizar melhor (até tocar!) as estruturas.  

E com esse recurso se tornando cada vez mais acessível, a tendência é que cada vez mais instituições de ensino invistam em realidade virtual. As que não o fizerem, correm o risco de ficar para trás. 

 

O que o professor e o aluno ganham com a realidade virtual dentro do ensino? 

Além de se beneficiarem com a evolução do desenvolvimento educacional de seus alunos, com a realidade virtual, os professores ganham um aliado em sala de aula. 

Com ajuda dessa ferramenta, o educador tem acesso facilitado a formas mais eficientes, concretas e visuais de ilustrar e demonstrar conceitos abstratos e complexos. 

Muitas vezes, no formato tradicional de ensino, tais demonstrações seriam limitadas a ilustrações e vídeos que normalmente são insuficientes para o total entendimento prático dos conceitos. 

Em disciplinas ligadas a Física, Química e Biologia, por exemplo, o professor pode usar a realidade virtual para que seus alunos visualizem e interajam com moléculas, órgãos e processos biológicos. 

Já os alunos, ganham experiências imersivas e interativas de aprendizado que farão com que o conhecimento seja solidificado de forma muito mais eficaz – o que também afeta os professores, que poderão passar mais tempo avançando na matéria e menos tempo ajudando estudantes com dificuldade. 

 

Como implementar a realidade virtual numa instituição de ensino? 

Antes de tudo, é necessário respeitar as seguintes etapas:  

  1. Definir os objetivos de aprendizagem 
  2. Adquirir os equipamentos escolhidos 
  3. Desenvolver o conteúdo 
  4. Treinar o corpo docente 

 

Feito isso, existem diversos recursos digitais para realizar essa implementação. Abaixo, vamos exemplificar três formas. 

Gamificação 

Quando se utiliza das mecânicas de jogos para estimular os estudantes. Seria possível, por exemplo, criar jogos educacionais em realidade virtual para ensinar conceitos complexos de forma mais interativa e divertida. 

Simulações 

Criar ambientes virtuais de aprendizado imersivos e interativos, permitindo que os alunos experimentem situações desafiadoras e desenvolvam competências específicas. 

Sala de Aula Imersiva 

Criar uma sala de aula imersiva em realidade virtual, onde os alunos possam interagir com o ambiente e seus elementos para aprender de forma mais prática e visual.

Como avaliar a eficácia do uso da realidade virtual no processo de aprendizagem? 

Duas formas mais subjetivas de fazer isso seriam: 

Observação direta – os docentes podem analisar o comportamento dos alunos enquanto usam a tecnologia e avaliar se ela está sendo eficaz na compreensão dos conceitos. 

Feedback dos alunos – os discentes podem fornecer feedback sobre sua experiência com a tecnologia e como ela está impactando seu processo de aprendizagem. 

Agora, se prefere uma avaliação mais objetiva, existem duas outras formas: 

Testes e avaliações – os alunos podem realizar testes para avaliar sua compreensão dos conceitos ensinados usando a tecnologia de realidade virtual e comparar com o desempenho anterior em atividades sem a tecnologia. 

Comparação com grupos de controle – os alunos que usam a tecnologia de realidade virtual, por exemplo, podem ser comparados com grupos de controle que não usam a tecnologia, a fim de avaliar a diferença no desempenho. 

A realidade virtual pode ser utilizada no ensino da saúde? 

Com certeza! O BioAtlas, nossa plataforma de ensino digital, é um exemplo disso, e já está sendo utilizado em diversas salas de aula ao redor do Brasil.  

Através dele, é possível explorar o corpo humano em 3D, observar detalhes anatômicos e fisiológicos em tempo real, além de interagir com as estruturas de uma maneira que não seria possível em um livro ou modelo físico. 

A tecnologia de realidade virtual permite que os estudantes visualizem e manipulem as estruturas do corpo humano de maneira mais precisa e realista, gerando um aprendizado muito mais eficaz.

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